Acidentes com veículos pesados preocupam nas estradas da região de SP

G1

Acidentes envolvendo caminhões e carretas peocupam nas rodovias das regiões de CampinasPiracicaba (SP). De janeiro a julho deste ano, as principais rodovias que passam pelas cidades da região somam 637 acidentes envolvendo um dos veículos, segundo levantamento feito pela EPTV, afiliada da rede Globo.

Apenas o Corredor Dom Pedro, o Sistema Anhanguera-Bandeirantes e a Rodovia Governador Adhemar de Barros (SP-340), registraram juntas 583 acidentes envolvendo um caminhão ou uma carreta. O número cresce quando são somados os acidentes em rodovias menores da região. A concessionária Colinas, que também atua na região, não divulgou o número de acidentes com veículos de grande porte.

Histórico recente
Na última semana, por exemplo, um caminhão-tanque carregado com 45 mil litros de etanol tombou na Rodovia Luiz de Queiróz (SP-304), em Piracicaba (SP). O motorista teria perdido o controle do veículo ao pegar a alça de acesso à rodovia, que ficou parcialmente interditada durante 11 horas.

No início de julho, duas mulheres morreram em uma colisão entre um carro e um caminhão na SP-340, em Mogi Guaçu (SP). Na Rodovia Anhanguera (SP-330), em Cordeirópolis (SP), ummotorista dormiu ao volante e tombou um caminhão carregado com peixes e, alguns dias depois, uma carreta carrega com farinha de trigo perdeu o controle ao acessar a rodovia na altura de Sumaré (SP), sendo removida apenas três dias após o acidente.

Carreta tombada segue bloqueando trecho da Anhanguera em Sumaré, SP (Foto: Murillo Gomes)
Carreta ficou tombada por três dias na Rodovia Anhanguera, em Sumaré (Foto: Murillo Gomes/G1)

Causas
De acordo com Celso Arruda, especialista em segurança veicular, o alto número de acidentes envolvendo carretas e caminhões é influenciado por diversos fatores, que vão desde a conservação e manutenção dos veículos até os cuidados que deveriam ser tomados pelos motoristas.

De acordo com ele, o peso dos veículos é um fator que deve ser levado em conta, uma vez que os caminhões, quando em alta velocidade, têm dificuldade na frenagem. Outro motivo é o cansaço dos condutores: “O motorista, às vezes, entra em processo de fadiga, dirigindo muito tempo e com sono”, conta Arruda.

Ele ainda ressalta que as consequências destes acidentes têm maior impacto pelo tamanho dos veículos envolvidos. “Quando um caminhão se acidenta, se ele atravessar a estrada, ele fecha tudo, sendo mais perceptível do que uma simples colisão entre dois veículos leves”, diz o especialista.