Governo pede ajuda à bancada federal para concluir obras de rodovia

Agilidade para resolver problemas da BR-163 também foi cobrada por Governador

Os impasses envolvendo duas grandes rodovias de Mato Grosso do Sul, a BR-163 e a BR-419, estiveram em pauta na entrevista coletiva concedida pelo governador Reinaldo Azambuja na manhã desta quinta-feira (19). Na oportunidade, foram ressaltadas as ações para aquisição de verbas federais que serão destinadas para conclusão da pavimentação da BR-419, assim como o andamento do processo judicial envolvendo cobrança de pedágios e atrasos de obras na BR-163, sob concessão da empresa CCR MS Via. 

Na ocasião, Azambuja relembrou a reunião realizada em Brasília na última terça-feira (17), com a bancada federal do Mato Grosso do Sul, onde foi cobrado maior empenho na obtenção e destinação de emendas parlamentares para o Estado em 2020. Entre os gastos prioritários com as emendas obtidas, está a conclusão da pavimentação na BR-419. De acordo com Azambuja, tanto o Ministro das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson, como o Ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, se comprometeram a incluir recursos da união para o Estado na Lei Orçamentária (LOA) do ano que vem. “Queremos garantir os recursos para que até o final do nosso mandato a gente possa também entregar essa BR 419 toda ela concluída”, afirmou o governador. 

A BR-419, que liga a BR-163 à BR-262, será responsável por conectar o Norte ao Oeste do Estado, estabelecendo importante rota de escoamento da produção agrícola da região. A obra da rodovia, que vai do município de Rio Verde até Aquidauana, “é mais um ganho para toda essa região aqui do Pantanal, é mais um fluxo que teremos para turismo, desenvolvimento das atividades rurais, para incrementar desenvolvimento dessa região”, afirma Azambuja.

O Governador também foi questionado sobre a situação dos pedágios e atrasos em obras na BR-163, administrada pela Concessionária CCR MS Via nos últimos cinco anos. A duplicação da rodovia, que vai de Mundo Novo à Sonora, era prevista no contrato de concessão. Entretanto, menos de 18% dos seus 845 km foram duplicados até o momento, sendo que a cobrança de pedágio seguia mesmo com as obras paralisadas. 

Os atrasos nas obras motivaram ação judicial que envolve a concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O processo é de responsabilidade da juíza Iolete Maria Fialho de Oliveira, da Justiça Federal do Distrito Federal. Azambuja afirmou que, em reunião com a juíza na última terça-feira, representou a população do Mato Grosso do Sul ao cobrar agilidade no processo. “Pedi rapidez no julgamento, não cabe a nós dizer quem está com a razão. O que não dar é o cidadão continuar pagando os pedágios sem ter os benefícios e as melhorias”, enfatiza o governador.