Prefeitura manterá restrições à circulação de caminhões no Rio

RIO – Um legado polêmico: a restrição à circulação de caminhões nas ruas da cidade, que ficou mais rigorosa desde 19 de julho, por causa dos Jogos, não terá refresco, mesmo após o fim da Paralimpíada, no dia 18 de setembro. Um decreto publicado ontem no Diário Oficial do Município proíbe a entrada e circulação de veículos de carga entre 6h e 20h, nos dias úteis, em 26 ruas e avenidas do eixo Centro-Zona Sul. A determinação vale também para 29 vias nas zonas Norte e Oeste, nos horários de 6 às 11h e das 17h às 20h, além das vias expressas. As novas regras, que na prática prolongam as restrições adotadas durante as competições, prometem afetar o cotidiano de transportadoras, comerciantes e caminhoneiros. A decisão irritou representantes da classe que, há quase dois meses, tiveram que alterar suas operações de entrega.

Em Copacabana, caminhão descarrega após fechamento de mercado por causa da restrição de horário: transportadoras reclamam de prorrogação das novas regras - Marcelo Carnaval Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/prefeitura-mantera-restricoes-circulacao-de-caminhoes-no-rio-20122178#ixzz4KnbnLn7e  © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Em Copacabana, caminhão descarrega após fechamento de mercado por causa da restrição de horário: transportadoras reclamam de prorrogação das novas regras – Marcelo Carnaval

Na Avenida Brasil, no trecho compreendido entre as avenidas Francisco Bicalho e Martin Luther King Jr, a circulação de caminhões está proibida de 6h às 10h e das 19h às 20h, também nos dias úteis. Na Linha Amarela, a circulação de veículos pesados está restrita entre 6h e 11h e de 17h às 20h. As novas regras pegaram de surpresa o presidente da Federação de Transportes de Cargas do Rio (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi. Ele teme que a rotina do Porto do Rio, por exemplo, seja gravemente afetada.

— Fui surpreendido. Entendo que a prefeitura não deveria ter feito isso sem antes conversar conosco. A Avenida Brasil é fundamental para a operação portuária. Temos que entender o que está sendo feito para que o transporte através do nosso porto não seja prejudicado — alertou Rebuzzi, que também é presidente do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio (ACRJ).

CAMINHONETES PODEM CIRCULAR

Ao contrário do decreto do período olímpico, as restrições na Avenida Brasil ocorrem apenas entre o Caju e Parada de Lucas. Antes, a proibição era até Realengo, na Zona Oeste, o que gerou uma enxurrada de críticas, principalmente por parte de caminhoneiros que fazem o transporte de cargas a partir da Central de Abastecimento do Estado (Ceasa).

— Lá, nosso maior problema é na parte da manhã porque todos os caminhões são obrigados a esperar o horário permitido para voltarem aos seus destinos. Ou seja, o engarrafamento que não se via na Avenida Brasil está dentro da Ceasa. Sem contar os prejuízos que tivemos, pois muitas vezes o caminhoneiro não conseguia fazer todas as entregas do dia devido ao horário — relatou o presidente da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio, Waldir Lemos.

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