Caminhoneiro famoso que tombou na BR-116 já foi flagrado sob efeito de drogas e não tem CNH

Irmão de caminhoneiro famoso no YouTube tem três multas por dirigir sem a CNH, nos últimos 3 meses, além de registro de uso de drogas há 1 ano. Ele faz parte de família de infratores, apaixonada por caminhões arqueados e conhecida nacionalmente entre os estradeiros

No domingo passado (20/3) um caminhão branco, fabricado pela Scania em 2014, tombou por volta das 6h na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), no km 475 em Jacupiranga (SP). Apesar de o veículo ter tombado em local perigoso, o motorista não sofreu ferimentos, apenas escoriações.

O caminhão ficou bastante danificado e a carga de batata espalhada. Poucos minutos depois, por meio das mídias sociais dedicadas aos caminhoneiros, o motorista do caminhão foi identificado e virou título de matéria do Jornal do Caminhoneiro: Irmão do Cabelo Batateiro, Safadão, tomba caminhão na BR-116.

Conhecido como Safadão, Anderson Comiotto faz parte de uma família de caminhoneiros polêmicos conhecidos no YouTube por suas infrações de trânsito e fanáticos por caminhões arqueados (com traseira alta).

O mais famoso é o Cabelo Batateiro, cujo verdadeiro nome é Ademar Comiotto Junior. Ele tem mais de 800 mil seguidores no YouTube. O pai é o Ademar Comiotto, que também divulga vídeos e já tem 90 mil seguidores. Outro caminhoneiro da família é o irmão mais novo do Batateiro, Lucas Comiotto, conhecido como Serrote.

Ao buscar informações sobre o caso, o Estradas.com.br descobriu que Safadão foi multado logo após o tombamento, por não ter habilitação. O mais surpreendente é que ele já tinha sido autuado pela mesma razão em 23 de dezembro de 2021 e 1º de fevereiro de 2022, respectivamente, na BR-116 e BR-101. Mas continua dirigindo normalmente, como revelam inclusive os vídeos publicados pelo próprio irmão.

Nos últimos três meses , foram oito multas somente nas rodovias federais. Dentre elas, duas por trafegar com a traseira arqueada. Justamente uma das infrações que o ministro Tarcísio de Freitas pediu para a PRF ‘dar um tempo’ na fiscalização, por considerar desnecessárias e que não são importantes para a segurança, apesar de engenheiros, inclusive de montadoras de caminhão, além de programa sérios como o do Trucão, mostrarem os riscos dos caminhões arqueados. Sem contar o prejuízo que os acidentes (sinistros) com esses caminhões, como foi o caso, causam ao país.

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