Caminhoneiros deixam vagas da Av. Mário Covas

A Tribuna

Caminhoneiros autônomos que prestam serviços no Porto de Santos começaram a desocupar as vagas de estacionamento da Avenida Mário Covas, entre os canais 4 e 5. A retirada dos veículos é necessária para o início das obras da Avenida Perimetral da Margem Direita.

“Saíram no bom comportamento”, afirmou o caminhoneiro José Carlos da Cruz, conhecido como Guaraná. Segundo ele, inicialmente, nem todos os veículos foram retirados porque alguns proprietários não foram localizados. Mas, na segunda-feira (18), quase todas as vagas estavam desocupadas.

As faixas dinâmicas da Avenida Mário Covas precisarão ser desocupadas para a demolição do muro que divide as áreas urbana e portuária e a construção de um novo, rente à pista. Isto é necessário para o início dos trabalhos de remanejamento dos ramais ferroviários na região, uma das etapas da obra da Perimetral.

O caminhoneiro explicou que a categoria suspendeu temporariamente os planos de fazer um protesto na entrada da Cidade. A iniciativa tinha como objetivo cobrar da Prefeitura de Santos novas vagas de estacionamento para caminhões. Segundo os autônomos, apenas a Codesp, a estatal que administra o cais santista, ofereceu pontos de parada para os veículos.

Foram disponibilizadas três áreas para o estacionamento de caminhões, com 160 vagas no total. Um dos terrenos repassados aos caminhoneiros foi um lote de 8 mil metros quadrados na Avenida Siqueira Campos (Canal4), parte do antigo terminal da transportadora Mesquita.

Ainda foram disponibilizadas vagas de estacionamento na Avenida Mário Covas entre os armazéns 29 e 32, no Macuco, e em frente aos armazéns 6 e 11, na Avenida Xavier da Silveira, no Valongo.

No entanto, os caminhoneiros consideram esses pontos insuficientes e cobram providências do poder público. “Nós somos estrategistas. Tudo que está acontecendo faz parte. Deixa eles retirarem os caminhões de lá”, destacou Guaraná, sem revelar os planos da categoria.

Lloydbratti

Além das faixas dinâmicas da Avenida Mário Covas, o terreno da antiga empresa de transportes Lloydbratti também precisará ser desocupado.

O motivo é que uma das extremidades do viaduto de entrada previsto no projeto da Perimetral sairá dessa área, às margens da pista sentido Ponta da Praia da Mário Covas. O equipamento passará sobre o pátio de contêineres do Armazém XXXVI até atingir o trecho atualmente ocupado pelo pátio ferroviário e pela Avenida Ismael Coelho de Souza. O viaduto de saída segue contíguo ao de entrada, indo da área interna do Porto e chegando na pista da Mário Covas, sentido Macuco.

A obra está planejada em três etapas. A primeira é a construção dos viadutos e dos pontilhões ferroviários. Em seguida, está previsto o remanejamento de interferências e a revitalização da Avenida Mário Covas. A terceira parte será a readequação da Avenida Ismael Coelho de Souza (dentro da área portuária).