G1 – Pelas principais rodovias das regiões de Sorocaba (SP) e Jundiaí (SP) devem passar 1,4 milhão de veículos durante o feriado prolongado de Corpus Christi. Devido ao fluxo intenso, não é difícil encontrar irregularidades.
Em Jundiaí, por exemplo, vários caminhoneiros e passageiros foram flagrados trafegando sem cinto de segurança pela Rodovia Anhanguera. Imagens de uma câmera instalada em cima de uma passarela da rodovia mostra um motorista de camisa amarela sem o cinto de segurança (veja o vídeo acima).
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Apesar de película escura no vidro dificultar visibilidade, é possível ver que motorista estava sem cinto de segurança (Foto: Reprodução/TV TEM)
Durante uma hora, a equipe de reportagem da TV TEM flagrou dezenas de irregularidades. Em alguns caminhões foram instaladas película escuras nos vidros, dificultando a visibilidade de quem está dentro. Outros motoristas mantêm apenas uma faixa escura na parte de baixo, que também dificulta a fiscalização do uso de cinto de segurança.
Diante dos flagrantes, outros motoristas ressaltam a importância do uso do equipamento. “Minha vida é mais importante né. Andar sem cinto de segurança é complicado”, afirma Emerson de Freitas. “É importante para a gente condutor, para todo mundo, para própria segurança da gente,”, diz o motorista Marcos Toledo.
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Ajudante também é visto sem o equipamento na região de Jundiaí (Foto: Reprodução/TV TEM)
Pesquisa em pedágios
De acordo com uma pesquisa da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), 15% dos motoristas de caminhão não usam o cinto de segurança, índice que aumenta para 28% quando trata-se da conduta dos ajudantes.
Entretanto, a imprudência pode ser maior, já que o levantamento foi feito apenas com caminhões que param nas cabines de cobrança dos pedágios. No sistema Anhanguera-Bandeirantes, 60% dos veículos pesados passam pela cancela automática.
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Maioria dos veículos pesados passa pela cobrança automática nos pedágios na região de Jundiaí (Foto: Repodução/TV TEM)
Acidentes
Os dados mais recentes da Polícia Rodoviária Federal sobre acidentes envolvendo caminhões, em todo o país, apontam que 188 pessoas morreram e 1,5 mil ficaram feridas nos dois primeiros meses deste ano. O capitão Fernando de Souza, da Polícia Rodoviária, ressalta que as consequências para quem não usa cinto de segurança são mais graves.
“Veículos de carga, veículos pesados, tanto o motorista como eventualmente o passageiro, ele pode vim a tombar [veículo] e aí o caminhoneiro pode ser ejetado do caminhão. E também colisões traseiras, que são bastante frequentes, ocorre muitas vezes o impacto muito brusco.”
O coordenador médico da concessionária responsável pelo sistema Anhanguera-Bandeirantes afirma que as equipes de resgate redobram a atenção em acidente com veículos pesados.
“A equipe já sai um pouquinho mais atenta, ela sabe que precisa utilizar as ferramentas de salvamento, que a complexidade desse acidente pode ser maior, o tempo de retirada dessas vítimas das ferragens e, principalmente os ferimentos, quando associado a esse usuário, a esse paciente, não estiver usando o cinto de segurança são extremamente críticas”, afirma Mario Kodama.
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Especialistas dizem que consequências a quem não usa cinto são mais graves em caso de acidente (Foto: Reprodução/TV TEM)