Distribuidora da Petrobras em Uberlândia é cercada por manifestantes

G1

Aproximadamente 60 manifestantes se concentraram em frente ao terminal terrestre da Petrobras, em Uberlândia, em protesto contra o aumento no preço dos combustíveis. A manifestação começou por volta das 6h com a concentração na Praça da Bicota, no Bairro Fundinho, e em seguida o grupo seguiu em carreata até a distribuidora no Bairro Morada Nova.

A unidade fica na BR-497 e é responsável por armazenar e distribuir óleo diesel, gasolina, álcool e gás de cozinha para as companhias distribuidoras da região. A assessoria de imprensa da Petrobras Distribuidora informou, por telefone, que não há risco de desabastecimento porque as bases operadas pela empresa já estavam bem abastecidas antes da manifestação começar. Sobre as reivindicações dos manifestantes, não houve posicionamento.

A Polícia Militar (PM) acompanhou com equipes e sete viaturas no local a fim de resguardar os direitos dos manifestantes, que protocolaram ofício na corporação informando sobre o ato, como também da empresa.

Os manifestantes cercaram as três saídas do local e barraram os caminhões com carga de combustível. O ato terminou no início da tarde. De acordo com a polícia, cerca de 50 caminhões ficaram bloqueados.

A primeira proposta feita pela PM era de liberar os caminhões a cada meia hora, nas três entradas da distribuidora. Os manifestantes vieram com a contra-proposta de um veículo a cada uma hora e, depois, ficou definido que a passagem seria barrada para entrada e saída de todos os veículos até o fim da manhã.

Outros protestos

A Petrobras reajustou em 1,7% o preço da gasolina para as refinarias no final de dezembro de 2017 e o reflexo do aumento foi repassado para o consumidor agora em janeiro. Em Uberlândia, o litro da gasolina pode ser encontrado por até R$ 4,69, deixando os motoristas inconformados com a situação.

Em manifestação contra o aumento, o mesmo grupo participou de outros protestos em postos de combustíveis da cidade no último fim de semana. Na sexta-feira (5), dois estabelecimentos foram alvos dos atos e, no sábado (8), três postos sendo dois na Avenida Rondon Pacheco e um na Avenida Anselmo Alves.

Os manifestantes abasteciam apenas R$ 0,50 e exigiam a nota fiscal em seguida. O objetivo dos motoristas que aderem ao movimento, além de exigir o direito do consumidor, é pressionar para que a estatal reajuste os preços. Buzinas e cartazes também foram usados durante o protesto.

Entre os manifestantes estão comerciantes, profissionais autônomos, motoristas de aplicativos e consumidores em geral.