Governo municipal notificou a Lamsa, retirou os funcionários e destruiu as cancelas de pedágio da via na noite deste domingo (27). Concessionária afirmou que medida é “ilegal e abusiva”.
A Prefeitura do Rio assumiu a gestão da Linha Amarela e suspendeu a cobrança de pedágio a partir da noite deste domingo (27). O governo municipal notificou oficialmente a concessionária Lamsa, retirou os funcionários e destruiu as cancelas de pedágio da via.
A empresa classificou a medida como “ilegal e abusiva”. Veja a íntegra da nota abaixo.
A medida já havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial na sexta-feira (25) e a notificação garante o fim imediato da concessão, segundo a Prefeitura do Rio. A administração da Linha Expressa passa para a Secretária Municipal de Transportes.
Durante a operação ainda foram descaracterizadas as cabines de cobrança, com desligamento de energia pela RioLuz e sensores e câmeras foram inutilizados.
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Funcionários da Prefeitura da Rio retiram cancelas e bloqueios do pedágio da Linha Amarela na noite deste domingo (27) — Foto: Divulgação
Lamsa diz que decisão é ‘ilegal e abusiva’
A concessionária que administrava a Linha Amarela até este domingo condenou a ação da Prefeitura do Rio e classificou a medida como “ilegal e abusiva”. Veja a íntegra da nota enviada pela Lamsa:
“Num ato de abuso extremo de autoridade, sem precedentes na história e sem amparo jurídico, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou a destruição da praça de pedágio da concessionária Lamsa, no final da noite deste domingo. Um ato que colocou em risco a segurança dos colaboradores e usuários da via expressa. A concessionária, uma empresa do grupo Invepar, condena veementemente a decisão ilegal e abusiva do poder municipal, que só causará transtornos à sociedade carioca. A Lamsa tomará, junto à Justiça, todas as medidas cabíveis em defesa de seus direitos e de seus funcionários.”
Prejuízo de R$ 1,6 bilhão, segundo a Prefeitura
Ao anunciar na sexta-feira (25) que iria encerrar a concessão, o prefeito Marcelo Crivella justificou a medida afirmando que a concessionária Lamsa deixou de repassar para os cofres públicos cerca de R$ 1,6 bilhão.
Em nota, a concessionária negou a informação e disse que não há respaldo jurídico. “A empresa reitera que não há argumentos de fato ou de direito para o cancelamento da concessão. A Lamsa buscará, se necessário, a preservação dos seus direitos judicialmente”, diz o texto.