Situação das rodovias do interior do MA se agrava por causa das fortes chuvas

Motoristas e moradores reclamam que as obras de reparo, feitas pelo DNIT, não acompanham o ritmo da deterioração, que acelera e fica mais evidente nos períodos de chuva.

As chuvas das últimas semanas pioraram a situação de muitas rodovias no interior do Maranhão. A BR-326, que é a principal ligação por terra entre o norte e nordeste do país e que tem um fluxo grande de caminhões , está em péssimas condições.

“Eles só estão nos enganando, eles vêm passam a máquina, raspam, mas não colocam um pingo de asfalto e com menos de uma semana fogem. Então eles vão ter que resolver . É isso que nós queremos.”, desabafou José dos Reis.

Entre os municípios de Olho D’ádua das Cunhas e a divisa do Maranhão com o Pará, os buracos tomam conta da rodovia. Acidentes e caminhões tombados são comuns. Motoristas que trafegam pela BR-222, com destino a BR-316, reclamam também das péssimas condições do asfalto dessas rodovias federais. No trecho entre os municípios de Vitória do Mearim e Igarapé do Meio os condutores precisam ter muita habilidade para não danificar os veículos nas buraqueiras.

“Muitos buracos nas estradas, o carro vive quebrando, são muitos prejuízos para nós que pagamos muitos impostos, a gente trabalha com prestação de serviço e pagamos um imposto altíssimo e a estrada tá nesses condições. Isso só nos dá prejuízo e muitos acidentes”, reclamou a caminhoneira Rosimar Brito.

As reclamações também são sobre a qualidade do material usado nas operações tapa-buracos. A situação da BR-222 tem sido motivo de constantes protestos. Nos últimos quatro messes a rodovia foi bloqueada três vezes nessa região. A última interdição foi na manhã dessa quinta-feira (18), a pista só foi liberada depois que a Polícia Rodoviária Federal (PRF), se comprometeu a intermediar uma reunião com representantes do DNIT.
“Essa manifestação foi para que os órgãos públicos, eles possam enxergar, possam ver o sofrimento que nós estamos passando. Esperamos que eles resolvam o nosso problema”, afirmou o taxista Garcia Leitão.