Três obras em rodovias federais em SC podem ser paralisadas

G1 SC

Três obras em andamento em rodovias federais em Santa Catarina, na BR-470, BR-280 e um trecho na BR-101, no Sul do estado, podem ser paralisadas, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit).

O governo alega falta de dinheiro para dar continuidade ao trabalho.O pedido de suspensão ainda precisa ser analisado pelos ministérios dos Transportes, do Planejamento e também da Casa Civil como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.

A Diretoria de Infraestrutura Rodoviária do Dnit alega que, com o planejamento existente, não é possível continuar as obras. A proposta foi aprovada na última quinta-feira (28) pela diretoria colegiada, o órgão interno que toma as decisões em nome do Dnit.

Com isso, 40 contratos de supervisão de obras e 61 contratos de construção em rodovias de todo país, três em Santa Catarina podem ser suspensos. A medida pode afetar a duplicação da BR-470 e BR-280 e as obras complementares do trecho duplicado da BR-101 em Tubarão, no Sul.

Obras aguardadas
Em Santa Catarina, a assessoria do órgão confirmou que este ano o estado recebeu só um terço do que pediu para gastar com manutenção de rodovias e só um quarto do que pediu para investir em construções.

A duplicação da BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, é esperada há décadas, mas foram feitos só 10% dos trabalhos em dois dos três lotes até agora. No terceiro, o projeto ainda não saiu do papel.

Na BR-101, a liberação completa da ponte Cavalcanti e o túnel do Morro do Formigão emTubarão estava prevista para fevereiro e foi adiada para maio por causa do mau tempo.

Na BR-470, outra obra ameaçada é a duplicação do trecho que vai de Navegantes aRio do Sul. Com uma rodovia de pista simples e fluxo intenso de veículos, os acidentes são frequentes.  “Ou é atropelamento ou é colisão caminhão”, disse o bombeiro militar Volmir Duranti.

Contratos continuam valendo
Procurado pela produção da RBS TV, o Dnit em Santa Catarina informou que os contratos continuam valendo por enquanto. Até agora, não foi comunicado oficialmente sobre qualquer alteração no andamento das obras.

“Nós temos que pressionar para que a coisa não pare, porque senão, vamos ficar sem”, disse o presidente da Associação Empresarial de Blumenau, Carlos Tavares de Amaral.